Vitiligo é uma doença de pele não contagiosa que se caracteriza por aparecimento de manchas brancas, caracterizada pela deterioração e morte dos melanócitos, o que causa despigmentação de áreas da pele, chamadas de hipopigmentação. As manchas brancas são caracterizadas pela diminuição ou ausência de melanocitos, células que dão pigmentação a pele.
O vitiligo está relacionado a doenças autoimunes, que muitas vezes é desencadeado por traumas emocionas, físicos. Doenças autoimunes são anticorpos contra as próprias células e pode ser passado de geração a geração, mas a incidência é baixa.
A doença pode afetar qualquer área da pele e há dois tipos: o vitiligo segmentar e o não segmentar. O tamanho das manchas brancas varia de pessoa para pessoa.
Para que o paciente acometido geneticamente apresente a manifestação da doença é necessário que ele apresente disfunção na homeostase redox, caracterizada pelo acometimento de estresse oxidativo. O estresse oxidativo tem a capacidade de induzir a produção de radicais livres, que podem modificar proteínas que, por sua vez, podem desencadear o processo de ativação de doenças autoimunes.
A literatura ainda revela o efeito antioxidante da terapia de ozônio. Estas respostas biológicas do ozônio, induz a um estresse nas células que gera no final um equilíbrio. O ozônio induz o organismo à produção de antioxidantes endógenos, como as glutationas peroxidase e redutase, catalase, superóxido dismutase, dentre outras.
O diagnóstico é clínico, realizado através da observação de manchas claras com distribuição e formas características de vitiligo.
A biópsia da pele pode auxiliar na confirmação do diagnóstico, pois permite a observação de ausência ou redução de melanócitos.
Existem uma relação ainda dos pacientes com vitiligo com diagnósticos de Tireoidite autoimune e Doença de addison, ambas doenças autoimunes muito frequentemente associadas a doença.
O vitiligo não tem sintomas como coceira e dor, mas os pacientes relatam maior sensibilidade na região acometida.
Pacientes com vitiligo podem favorecer o aparecimento de sentimento de baixa auto-estima ou ainda de transtornos psicológicos como ansiedade ou depressão.
-Em portadores de vitiligo, recomenda-se evitar o uso de roupas apertadas ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele. Isso contribui para reduzir o aparecimento de novas manchas, bem como o crescimento das existentes.
Não há cura para o vitiligo, mas existem excelentes opções de tratamento para controle e pigmentação. Existem várias opções de tratamento como cremes, medicamentos orais, laser, que visam estacionar a evolução da doença e repigmentar algumas áreas. Atualmente é realizado ainda a terapia com ozônio que possui diversas opções de tratamento para algumas patologias especificas, o resultado é muito satisfatório no sentido de controle da doença.
Entenda como o Tratamento com ozônio ajuda pacientes com doença autoimune
O ozônio tem três átomos de oxigênio ligados formando um triangulo isósceles e com um par de elétrons na orbita externa sendo mais reativo que o oxigênio e 10x mais solúvel que o oxigênio. O ozônio tem meia vida de 40 minutos e após dissolvido no plasma gera mensageiros químicos como antioxidantes e ácidos graxos poli-insaturados, que vão atuar como um pro-farmaco e acelerar o metabolismo.
O ozônio ao reagir no organismo provoca um estresse oxidativo sem toxicidade, desde que o terapeuta utilize a dose administrada compatível com a capacidade antioxidante do sangue.
O ozônio vai formar ainda o peroxido de hidrogênio que vai ativar vários processos bioquímicos, mas ao mesmo tempo ele sofre reação de redução de água pelo efeito antioxidante dentro da célula. O peroxido de hidrogênio ao entrar na hemácia ativa a glicólise por meio do aumento de ATP e de 2-3-difosfoglicerato, processo que otimiza a liberação de oxigênio para os tecidos.
Um dos efeitos da terapia com ozônio, na resposta de tecidos e órgãos é a otimização dos sistemas oxidantes e antioxidantes do organismo, no qual ocorre o equilíbrio dos níveis de produtos de peroxidação de lipídios e do sistema de defesa antioxidante. Há ainda um aumento compensatório de 14 atividades enzimáticas antioxidantes que são amplamente representadas no musculo cardíaco, fígado, hemácias e outros órgãos que tem efeito de neutralizar ações autoimunes por meio do sistema antioxidante no organismo.
Pessoas que tem maior índice de estresse oxidativo tem maior chance de desencadear uma doença autoimune, principalmente quando ligado ao fator genético. No vitiligo pacientes submetidos a ozonioterapia reequilibrou o sistema e o desenvolvimento da doença, com grau de eficácia da terapia para estagnação ou regressão da doença, relevando ao aumento da produção de antioxidantes endógenos e biomodulando o sistema imunológico.
Desta forma, torna-se plausível e viável a adoção da ozonioterapia como alternativa na prevenção, manejo e controle do vitiligo.
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Graduada em biomedicina pela Universidade Paulista com especialização em biomedicina estética e bacharel em fisioterapia pela Uniplac com pós-graduação em Dermato-funcional
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